Duarte Cordeiro lamenta "intervenção muito infeliz" da ministra da Administração Interna

| 29 de Julho de 2025 às 23:19
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Informação Privilegiada

Em causa estão as declarações da ministra que disse ser "irrelevante" o número meios aéreos no combate aos incêndios, devido ao caráter acidental da orografia.

O ex-ministro do Ambiente e da Ação Climática esteve no programa Informação Privilegiada no NOW na noite desta terça-feira e falou sobre o comentário da ministra da Administração Interna, Maria Lúcia Amaral, relativamente ao número de meios aéreos no combate aos incêndios que têm lavrado Portugal nos últimos dias.

Em causa estão as declarações de Maria Lúcia Amaral, que disse que era "irrelevante" o número de meios aéreos no combate aos incêndios. A ministra explicou que "o que causa dificuldade aos operacionais é o caráter extremamente acidental da orografia, a dificuldade de acesso", não a falta de meios.

Duarte Cordeiro lamentou as declarações da ministra. Considerou a intervenção "infeliz", pois, como explicou o comandante nacional da Proteção Civil, "os meios aéreos, em complemento com os meios terrestres, é que são a chave para ter sucesso no combate ao incêndio".

"Não sei se se expressou mal ou se entendeu mal aquilo que ouviu na Proteção Civil, porque é exatamente pela dificuldade da orografia que são necessários meios aéreos para combater [os incêndios]. Quando há dificuldade de acesso, são absolutamente determinantes os meios aéreos, por isso é que eles são complementares, como foi dito pelo comandante nacional [da Proteção Civil]", explicou o antigo ministro.

Também Luís Montenegro foi alvo de críticas de Duarte Cordeiro, que o critica por não "ter a situação controlada". 

"O Sr. primeiro-ministro não aparenta ter esta situação controlada do ponto de vista daquilo que é o papel que um Governo deve ter, de estar presente, de acompanhar a situação e de ir dando resposta, de procurar acompanhar junto dos autarcas, das populações, e de ir respondendo consoante as necessidades", disse Duarte Cordeiro.