Duarte Cordeiro
No NOW, o antigo ministro do Ambiente destacou ainda que o Ministério Público foi "muito rápido" ao confirmar que ainda não abriu inquérito a Luís Montenegro.
O antigo ministro do Ambiente, Duarte Cordeiro, esteve no programa Informação Privilegiada no NOW na noite desta terça-feira e falou sobre os novos dados revelados pela revista Sábado no âmbito da averiguação preventiva a Luís Montenegro.
Duarte Cordeiro começou por afirmar que a reação do primeiro-ministro à notícia revela que fez "uma avaliação muito limitada daquilo que são as circunstâncias" do caso que envolve a Spinumviva.
Além disso, o antigo dirigente socialista destacou ainda que o Ministério Público foi "muito rápido" ao confirmar que ainda não abriu inquérito.
"Coloca-se aqui uma pergunta que é: o que é que está a levar tanto tempo para o Ministério Público fazer esta averiguação preventiva? E como é que é possível nós termos situações em que demoram tanto tempo a fazer averiguações preventivas e outras em que são tão rápidos a abrir inquéritos?", questionou Duarte Cordeiro.
De seguida, o antigo ministro do Ambiente sublinhou que o primeiro-ministro "acaba por amplificar o tema" no centro da agenda política, com a sua reação à notícia avançada pela revista Sábado.
Duarte Cordeiro disse ainda que o Ministério Público tem, neste caso, "um problema gravíssimo de comunicação".
"O Ministério Público insiste em comunicar-se com os portugueses através de notas de imprensa e não tem nem o Procurador-Geral da República, Amadeu Guerra, nem nenhum porta-voz a falar e explicar as circunstâncias e, obviamente, se se vier a confirmar que há uma abertura de inquérito, eu acho que temos razões para, obviamente, duvidar da forma como o Ministério Público gera a informação internamente. Parece que é um queijo suíço, cheio de furos", concluiu.