Operação Gambérria
As duas funcionárias administrativas, de 40 e 54 anos, respondem por corrupção, auxílio à imigração ilegal e falsidade informática.
O esquema de corrupção passa pela atribuição indevida de números de utentes a milhares de estrangeiros que não estão legalizados em Portugal e que não tinham, por isso, direito a assistência médica no Serviço Nacional de Saúde (SNS).
O processo corre na Polícia Judiciária (PJ) do Centro e, por isto, a ministra da Saúde evitou comentários.
Os inspetores realizaram duas buscas domiciliárias e uma busca à unidade de saúde familiar onde as mulheres exerciam funções.
Nas diligências realizadas, a PJ apreendeu documentos utilizados para atribuir números de utente de forma irregular.
Esse material liga assim as suspeitas a crimes de corrupção passiva, auxílio à imigração ilegal, falsidade informática e outros ilícitos associados.
As autoridades vão apresentar as duas mulheres ao Tribunal Central de Instrução Criminal, que vai avaliar as medidas de coação a aplicar.
Esta nova fase da Operação “Gambérria” reforça uma investigação da PJ que já tinha resultado em 16 detenções e 26 arguidos, incluindo sete empresários, uma advogada e uma funcionária do Ministério dos Negócios Estrangeiros.