
Último acidente registado remonta a 2018, sem terem existido vítimas. Transporta cerca de três milhões de passageiros por ano.
Um dos ascensores mais antigos ainda em funcionamento na cidade de Lisboa, o Elevador da Glória foi projetado para ligar o Bairro Alto à Praça dos Restauradores e opera desde 24 de outubro de 1885, sendo atualmente gerido pela Carris e transportando cerca de três milhões de passageiros por ano, de acordo com a Câmara Municipal de Lisboa.
A estrutura foi programada por Raoul Mesnier du Ponsard, um engenheiro portuense de origem francesa. Num primeiro momento através de um sistema que utilizaria um sistema de locomoção por contrapeso de água e que, depois, passou à locomoção a vapor. O sistema acabou por ser eletrificado em 1914, depois de um novo contrato de concessão do elevador com a autarquia permitir a modificação da linha. O ascensor foi o segundo de um conjunto de cinco a serem projetados pela "Nova Companhia dos Ascensores Mechanicos de Lisboa", que remonta a 1882.
Até ao final do século XIX, durante as viagens realizadas durante a noite, a iluminação dentro da cabine era feita com velas. À semelhança do que acontece com o "Elevador da Bica" e o "Elevador do Lavra", assim como o "Elevador de Santa Justa", a estrutura é constituída por dois carros que sobem e descem de forma alternada.
Sendo, atualmente, uma popular atração turística para percorrer os 275 metros onde opera, o elevador destaca-se por ser o único onde com a possibilidade de se viajar no tejadilho, com acesso de uma escada de caracol e com recurso a um banco corrido. Foi considerado Monumento Nacional desde 2002.
Pelo menos três pessoas morreram e 20 ficaram feridas na sequência do descarrilamento do Elevador da Glória, na Baixa de Lisboa, esta quarta-feira. Este não é o primeiro incidente do género: a 7 de maio de 2018, o elevador descarrilou, sem que o sucedido tivesse sido noticiado. O elevador ficou operacional durante um mês.
À data, a responsável pela Carris, Inês Andrade, relatou uma "avaria técnica", revelando a data prevista para a reabertura da rota. Contudo, os dados revelados na altura do incidente demonstravam que o desgaste da roda do ascensor era quase total, o que fez com que os rodados saíssem fora do carris, como avançado pela imprensa, levantando a possibilidade de falta de manutenção. A Câmara Municipal de Lisboa não adiantou, à data do incidente de 2018, esclarecimentos sobre o ocorrido.