Faixa de Gaza
Fotografias de satélite tiradas nos últimos dias provam que 70% das estruturas na região foram destruídas ou danificadas.
É uma paisagem apocalíptica depois de quase dois anos de intensos combates na Faixa de Gaza. Com a ajuda de fotografias de satélite tiradas nos últimos dias é possível comprovar como era a região em 2023, antes da guerra e como é hoje.
A destruição mais significativa aconteceu nas cidades vizinhas, onde a maioria dos edifícios foi destruída.
Khan Yunis agora não passa de ruínas. O exército israelita arrasou quase por completo a segunda maior cidade da Faixa de Gaza, localizada no sul do enclave palestiniano.
A área abrange mais de 100 quilómetros quadrados. Antes do início da guerra, Khan Yunis tinha 400 mil habitantes.
Logo após o ataque de 7 de outubro, Israel centrou todas as atenções no norte de Gaza, onde de acordo com o governo de Benjamin Netanhayu, os combatentes do Hamas estavam escondidos entre a população civil.
Os hospitais no norte e no sul de Gaza foram também um dos grandes alvos das forças de defesa de Israel. Escolas, prédios e outras infraestruturas desapareceram do território. Agora, não passam de ruínas.
De acordo com especialistas, mais de 70% dos edifícios na região de Gaza foram destruídos ou severamente danificados.
Mas a vida antes da guerra já era difícil para os palestinianos. Durante anos, a cidade de Gaza foi alvo de um bloqueio de Israel e do Egito que limitava quem e o que podia entrar ou sair com a justificação de que era uma condição necessária para a segurança. Dois terços da população vivia na pobreza e milhares tinham como morada campos de refugiados.
Campos agrícolas onde antes existiam estufas não passam agora de areia e escombros.
Durante o conflito, a população em Gaza foi obrigada a realizar inúmeras deslocações pelo território ao ritmo dos ataques israelitas.
Nas últimas semanas, a demolição de casas, juntamente com bombardeamentos aéreos, tem sido a única atividade operacional realizada de forma sistemática pelo exército de Israel em Gaza.
Centenas de retroescavadores e tratores blindados israelitas continuam os seus esforços tornar Gaza um território totalmente inabitável durante os próximos anos.