Em menos de dois anos o território da Faixa de Gaza foi praticamente arrasado

Anabela Benedito | 05 de Agosto de 2025 às 21:40
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Faixa de Gaza

Fotografias de satélite tiradas nos últimos dias provam que 70% das estruturas na região foram destruídas ou danificadas.


É uma paisagem apocalíptica depois de quase dois anos de intensos combates na Faixa de Gaza. Com a ajuda de fotografias de satélite tiradas nos últimos dias é possível comprovar como era a região em 2023, antes da guerra e como é hoje.

A destruição mais significativa aconteceu nas cidades vizinhas, onde a maioria dos edifícios foi destruída.

Khan Yunis agora não passa de ruínas. O exército israelita arrasou quase por completo a segunda maior cidade da Faixa de Gaza, localizada no sul do enclave palestiniano.

A área abrange mais de 100 quilómetros quadrados. Antes do início da guerra, Khan Yunis tinha 400 mil habitantes.

Logo após o ataque de 7 de outubro, Israel centrou todas as atenções no norte de Gaza, onde de acordo com o governo de Benjamin Netanhayu, os combatentes do Hamas estavam escondidos entre a população civil.

Os hospitais no norte e no sul de Gaza foram também um dos grandes alvos das forças de defesa de Israel. Escolas, prédios e outras infraestruturas desapareceram do território. Agora, não passam de ruínas.

De acordo com especialistas, mais de 70% dos edifícios na região de Gaza foram destruídos ou severamente danificados.

Mas a vida antes da guerra já era difícil para os palestinianos. Durante anos, a cidade de Gaza foi alvo de um bloqueio de Israel e do Egito que limitava quem e o que podia entrar ou sair com a justificação de que era uma condição necessária para a segurança. Dois terços da população vivia na pobreza e milhares tinham como morada campos de refugiados.

Campos agrícolas onde antes existiam estufas não passam agora de areia e escombros. 

Durante o conflito, a população em Gaza foi obrigada a realizar inúmeras deslocações pelo território ao ritmo dos ataques israelitas.

Nas últimas semanas, a demolição de casas, juntamente com bombardeamentos aéreos, tem sido a única atividade operacional realizada de forma sistemática pelo exército de Israel em Gaza.

Centenas de retroescavadores e tratores blindados israelitas continuam os seus esforços tornar Gaza um território totalmente inabitável durante os próximos anos.