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Empresários de Gaia criticam alteração da estação do TGV

| 11 de Outubro de 2025 às 11:55
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Empresários de Gaia criticam alteração da estação do TGV

O consórcio quer construir a estação a dois quilómetros do que estava definido na concessão. O ministro das Infraestruturas diz que para o Estado, até ao momento, a estação será no local programado.

A estação de alta velocidade de Vila Nova de Gaia deverá nascer junto à zona industrial de São Caetano, em Vilar do Paraíso. É o que pretende o consórcio responsável pela construção e o que mostram as imagens virtuais divulgadas pelo município já em abril. 

No entanto, o contrato de concessão indica que a estação deve ser a cerca de dois quilómetros dali, em Santo Ovídio e foi isso que tinha sido apresentado publicamente em junho do ano passado.  

A alteração está a causar revolta. A Associação das Empresas da Zona Industrial de São Caetano refere que a nova opção representa a expropriação de cerca de 100 habitações e 35 empresas. A associação assegura que o consórcio lhe confirmou que não desenvolveu sequer projeto para o traçado com paragem em Santo Ovídio, porque uma estação a 60 metros de profundidade não seria exequível por questões técnicas, financeiras e de segurança.  

Os empresários que agora podem ser lesados pela nova localização exigem transparência, clareza e diálogo público e questionam o motivo de Santo Ovídio estar no projeto preliminar que serviu de base ao contrato público se afinal não era exequível.  

O consórcio já entregou o anteprojeto da estação no novo local à Infraestruturas de Portugal, que confirma estar agora a fazer a análise técnica e jurídica. Contactado pelo Correio da Manhã, o ministro das Infraestruturas afirmou que, “ao dia de hoje, para o Estado, a estação é no sítio que estava previsto” até porque essa é a única decisão já tomada.  

No entanto, Miguel Pinto Luz indicou que o concessionário pode otimizar soluções e disse que compete à Infraestruturas de Portugal e à concessionária definir o traçado final. 

 A concessão da linha de alta velocidade custa 1600 milhões de euros e há prazos a cumprir para não perder o apoio de fundos europeus.