Alemanha
Os primeiros meses de 2025 têm sido particularmente desafiantes para a indústria alemã. Grandes empresas têm vindo a anunciar sucessivos planos de redução de pessoal para ajustarem as suas operações à menor procura.
Empresas alemãs como a Audi, Porsche, Volkswagen e Siemens estão a cortar milhares de postos de trabalho, numa nova vaga de despedimentos que surge em continuidade à ocorrida no final do ano passado. Com a procura em queda e um mercado enfraquecido, a maior economia da Europa enfrenta um período de incerteza económica.
Os primeiros meses de 2025 têm sido particularmente desafiantes para a indústria alemã. Grandes empresas têm vindo a anunciar sucessivos planos de redução de pessoal para ajustarem as suas operações à menor procura. No total, mais de 20 mil trabalhadores perderão os seus empregos nos próximos meses, numa tendência que poderá continuar.
O setor automóvel tem sido um dos mais afetados. A Audi foi a mais recente a anunciar uma grande reestruturação, alcançando um acordo com os sindicatos para a rescisão de 7500 postos de trabalho até 2029, o que representa cerca de 8% da sua força laboral.
Nem mesmo a Porsche, conhecida pela sua rentabilidade, conseguiu evitar cortes. A marca anunciou a eliminação de 1900 postos de trabalho, justificando a medida como necessária para conter custos.
Além da indústria automóvel, outras grandes corporações estão a ser atingidas pela crise. A Siemens, um dos maiores conglomerados industriais da Alemanha, anunciou a eliminação de 6000 empregos a nível global, com cerca de metade dos cortes a ocorrer no território alemão.
Estes cortes massivos têm um impacto significativo na economia alemã, tradicionalmente vista como o motor da Europa. As previsões mais recentes do Instituto apontam para um crescimento económico de apenas 0,2% em 2025, com uma ligeira melhoria para 0,8% no ano seguinte.