Professores proibidos de usar telemóvel
O objetivo é que os docentes e não docentes deem o exemplo aos alunos.
É uma medida que começa a ser contestada pelos diretores, docentes e funcionários de várias escolas no país. Depois de no início do ano letivo o Governo ter proibido a utilização de telemóveis nas escolas para alunos do 1.º e 2.º ciclo e ter recomendado o alargamento até ao 3.º ciclo, caso partilhem o mesmo espaço escolar, agora o Agrupamento de Escolas Camilo Castelo Branco também adotou esta medida.
O alargamento da proibição a professores e funcionários está a ser alvo de muita contestação e há o receio de que a medida seja adotada em mais escolas.
Luís Braga, um professor do Agrupamento de Escolas em Vila Nova de Famalicão, disse ao NOW que admite queixar-se em tribunal e que o sindicato tem de tomar as devidas providências contra, segundo o docente, esta "violação de direitos."
Sublinhou que “se foi preciso uma lei para proibir os alunos, é também preciso uma lei para proibir os docentes". Disse ainda que não se pode limitar direitos com base em regulamentos e que é objetivamente ilegal esta proibição.
Para José Feliciano Costa, secretário-geral da Fenprof, com esta medida, os professores estão a ser desconsiderados e diz que é uma ação "descabida, exagerada e que não tem lógica".
Já Rui Cardoso, diretor do Agrupamento de Viso, em Viseu, diz ter conhecimento de que mais escolas ponderam tomar a mesma posição e que haverá contestação, porque não há legislação a suportar esta medida.