Dinamarca
O homem não saberia do defeito genético, que já causou a morte de algumas das crianças.
Um defeito genético que põe em causa a vida de pelo menos 197 crianças. Foi revelado esta quarta-feira que um dador de esperma na Dinamarca teve o seu material genético usado para conceber quase duas centenas de crianças, sem saber que era portador deste defeito genético.
O homem começou a doar esperma em 2005, enquanto ainda era estudante, material este que foi usado por mulheres em toda a Europa durante 17 anos.
Apesar deste defeito genético, o dador passou todos os exames médicos a que foi sujeito antes de começar as doações.
Grande parte do corpo do homem não é afetada por esta mutação, mas cerca de 20% do esperma do dador carrega este defeito genético.
É conhecido na comunidade científica como Síndrome de Li-Fraumeni (SLF) e aumenta as chances dos portadores de desenvolver cancro em 90%.
O banco de esperma da Dinamarca, que vendeu o material genético para 17 países, expressou as suas desculpas às famílias destas crianças e admitiu que o esperma não deveria ter sido usado para conceber tantas crianças.
Mesmo assim, especialistas afirmam que casos como este são considerados anomalias e que o material genético não foi importado para Portugal.