NOW
Em direto de Lviv, na Ucrânia, o especialista do NOW destacou que a Europa tem um plano para acabar com a compra de gás à Rússia até ao final de 2027, algo que Trump quer "antecipar".
O especialista de geopolítica do NOW, Germano Almeida, destacou esta sexta-feira que o Presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, e o primeiro-ministro da Eslováquia, Robert Fico, apesar de não serem "os maiores amigos", assumiram uma "cooperação pragmática".
"Zelensky disse que o interesse da Ucrânia é que a Eslováquia não faça o papel de impor a energia, o petróleo russo, na Europa. E disse que se Putin quisesse mesmo a paz, não estaria interessado em que um país da União Europeia, como a Eslováquia, continuasse tão dependente do petróleo russo", sublinhou, em emissão especial a partir de Lviv, na Ucrânia.
De seguida, Germano Almeida explicou que esta decisão de Moscovo tem um "enquadramento" norte-americano.
"Uma das premissas de Trump com os europeus é que deixem de comprar gás à Rússia. A Europa tem um plano para acabar definitivamente com essas compra até ao final de 2027 e Trump quer antecipar isso. Pôs a cartada económica para, de algum modo, disfarçar o facto de os Estados Unidos (EUA) estarem claramente a reduzir o apoio à Ucrânia", disse.
Germano Almeida continuou por referir dados do departamento de Estado dos EUA recebidos pela Lituânia, que confirmam o fim do apoio norte-americano a Kiev, a nível económico.
"De facto, os Estados Unidos estão a acabar completamente com esse apoio, de modo que no próximo ano fiscal em Washington haja zero de apoio diretamente à Ucrânia", vincou.