Euro tem primeiro mês negativo do ano e a "culpa" está na força do dólar

Jornal de Negócios | 01 de Agosto de 2025 às 15:15
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O dólar também saiu a ganhar com a recente série de acordos comerciais entre os Estados Unidos e parceiros importantes, como o Reino Unido, o Japão e a União Europeia, antes do prazo de 1 de agosto que o Presidente norte-americano, Donald Trump, fixou até implementar as chamadas “tarifas recíprocas”.

A moeda única europeia tem estado bem lançada este ano, com ganhos mensais sucessivos face ao dólar, não tanto pela robustez do euro, mas mais pela debilidade da própria nota verde. Num equilíbrio entre estas duas forças, o certo é que o caminho do euro foi sempre a subir na primeira metade do ano. Até que chegou a julho e teve o seu primeiro mês com saldo negativo.

Mas o que é que aconteceu neste arranque do segundo semestre para levar a que a trajetória altista da moeda única se invertesse? Foi sobretudo a nova força do dólar, que tem visto reforçado o seu estatuto de valor-refúgio e que tem estado a ser animado pela confiança dos investidores na resiliência da economia norte-americana à medida que se dissipam muitos receios de uma guerra comercial alargada.

O dólar também saiu a ganhar com a recente série de acordos comerciais entre os Estados Unidos e parceiros importantes, como o Reino Unido, o Japão e a União Europeia, antes do prazo de 1 de agosto que o Presidente norte-americano, Donald Trump, fixou até implementar as chamadas “tarifas recíprocas”.

Aliás, o acordo entre Washington e Bruxelas, anunciado a 27 de julho, deu grande alento ao dólar face às principais divisas mundiais. E contra o euro não foi exceção, até porque, do lado dos investidores, existe o receio de que este acordo possa colocar em causa o crescimento da economia dos países da Zona Euro, o que tem estado a afastar os "traders" de apostarem na moeda única.

E há ainda outro fator muito importante: a Reserva Federal (Fed) norte-americana e o nível dos juros diretores. O mercado já só espera um corte da taxa de referência em 2025 e aponta para que seja no final do ano, o que tem impulsionado o dólar.