
Carlos Osório de Castro informou tribunal da desistência. Julgamento começa a 13 de janeiro
O ex-advogado do empresário Jorge Mendes informou o tribunal que vai julgar Rui Pinto por 242 crimes de acesso ilegítimo que pretende desistir da queixa contra o "hacker". A posição de Carlos Osório de Castro foi transmitida aos juízes, segundo confirmou o NOW, numa curta declaração escrita, na qual o advogado se limita a declarar pretender desistir da queixa apresentada.
Segundo a acusação do Ministério Público, entretanto confirmada em outubro por um juiz de instrução, foi a partir de 15 de maio de 2017 que Rui Pinto acedeu ao e-mail do advogado Carlos Osório de Castro - que chegou a representar o empresário Jorge Mendes e Cristiano Ronaldo - configurando-a para “a exfiltrar e aceder sem restrição até 16 de janeiro de 2019”. Pelo correio eletrónico de Osório de Castro circulavam comunicações com clientes e colegas, documentos pessoais e contratos, incluindo informação de Cristiano Ronaldo.
O arguido, após exfiltrar a caixa de correio de Carlos Osório de Castro, acedeu ao seu conteúdo sem restrição pelo menos até 16 de janeiro de 2019, referiu a acusação. Para além disso, o arguido Rui Pinto teve, ainda, acesso às credenciais das contas particulares de correio eletrónico de Carlos Osório de Castro. “Por forma que se desconhece, Rui Pinto teve conhecimento, igualmente, de informação sobre os dados de acesso à dropbox de Pedro Pardal Goulão – bem como da data de nascimento e número de telemóvel associado à conta de Paulo Castro Rendeiro, sócio da ML“, acrescentou a acusação do Ministério Público.
Julgamento arranca a 13 de janeiro
O julgamento do segundo processo contra o criador do Football Leaks, Rui Pinto, arranca no próximo dia 13 de janeiro, no qual responde por 242 crimes relacionados com o acesso a emails do Benfica e de outras entidades.
Rui Pinto vai responder em julgamento por 201 crimes de acesso ilegítimo qualificado, 23 crimes de violação de correspondência agravados e 18 crimes de dano informático.
Além do Benfica, entre as figuras e instituições visadas encontram-se também outros clubes, Liga, empresas, sociedades de advogados, juízes, procuradores, Autoridade Tributária e Rede Nacional de Segurança Interna.