Ex-dirigente do Chega julgado por dois crimes de prostituição de menores
O arguido pediu que o caso fosse suspenso, mas a juíza de instrução criminal rejeitou o pedido.
O ex-dirigente do Chega, Nuno Pardal Ribeiro, foi acusado de dois crimes de prostituição de menores, um consumado e outro na forma tentada. De acordo com o ‘Expresso’, o arguido admitiu em tribunal o ato sexual com um jovem de 15 anos, que conheceu através de uma aplicação de encontros homossexuais.
Confessou ainda ter dado 20 euros ao menor, mas garantiu que desconhecia a idade real da vítima e negou pagar pelo encontro. Segundo o antigo deputado municipal do Chega, o dinheiro seria para pagar um jantar.
Nuno Pardal Ribeiro tinha pedido que o processo fosse suspenso, ainda na fase de instrução, e que lhe fossem aplicadas eventuais multas e regras de conduta a definir pela juíza. No entanto, viu o pedido ser rejeitado pelo tribunal, pelo Ministério Público e ainda pela família da vítima.
O caso foi denunciado pelos pais do adolescente à Polícia Judiciária, que encontrou mensagens entre os dois e a transferência do dinheiro por MB Way.
Segundo a juíza, seria fácil perceber que a vítima era menor e, mesmo que o jovem não lhe tivesse dito previamente, no encontro que ocorreu a 11 de julho de 2023, Nuno Pardal Ribeiro levou o menor num carro até um pinhal, após o jovem lhe dizer que tinha 15 anos.
O outro arguido no processo também será julgado pelo mesmo crime. Trata-se do piloto de 74 anos que já tinha sido condenado anteriormente, quando uma aterragem forçada na Costa da Caparica resultou na morte de duas pessoas, em agosto de 2017.