Exclusivo NOW: Ministério Público continua a investigar envolvimento de Miguel Albuquerque num esquema de financiamento ilegal do PSD

| 23 de Outubro de 2025 às 20:21
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Miguel Albuquerque

O caso não é novo, sendo o mesmo que levou dezenas de inspetores da Polícia Judiciária ao Funchal e que implicou, na altura, a detenção de autarcas, políticos e funcionários públicos. Sabe-se agora que houve pelo menos três reuniões suspeitas na residência oficial de Miguel Albuquerque.

Miguel Albuquerque ainda não pode respirar de alívio nas investigações na Madeira. Mesmo depois de ter sido reeleito Presidente do Governo Regional da Madeira, para o Tribunal da Relação de Lisboa continua a ser considerado suspeito.

Segundo o tribunal, os encontros onde foi preparado o esquema de financiamento ilegal do PSD para as eleições regionais aconteceram na residência oficial do Presidente do Governo Regional.

A revelação foi feita num recente acórdão do Tribunal da Relação de Lisboa, em que no dia 24 de setembro recusou agravar as medidas de coação a alguns dos arguidos, tal como foi defendido pelo Ministério Público (MP).

Como relator do documento, o juiz Carlos Alexandre admitiu que há ainda intervenientes no processo, com responsabilidade e grau de participação, que estão a ser alvo de investigação.

Mais concretamente, os juízes apontaram para todos os participantes nas indiciadas reuniões na Quinta da Vigia, ou seja, na residência oficial de Albuquerque. 

De acordo com as suspeitas do MP, descritas no acórdão, um dos suspeitos é, precisamente, Miguel Albuquerque, que foi apontado por ter participado em pelo menos uma das reuniões em que terá sido abordado o financiamento do partido, tendo em vista a campanha eleitoral do PSD.

Agora, para Miguel Albuquerque poder ser ouvido, quer como testemunha ou como arguido, o MP terá que pedir o levantamento de duas imunidades, uma como Presidente do Governo Regional, outra como conselheiro de Estado.