
Segundo fontes das autoridades de saúde do enclave palestiniano citadas pela estação televisiva "Al-Jazeera", os ataques israelitas provocaram esta quinta-feira a morte de 69 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo 39 na capital do território.
O Exército israelita anunciou esta quinta-feira o controlo de 40% da Cidade de Gaza, após mais de três semanas de bombardeamentos intensivos e demolições sistemáticas de edifícios como parte do seu plano de ocupação da capital do enclave palestiniano.
"Hoje, controlamos 40% da cidade. A operação continuará a expandir-se e a intensificar-se nos próximos dias", disse o porta-voz militar israelita, Effie Defrin, numa mensagem vídeo à imprensa.
O porta-voz militar acrescentou que as equipas de duas brigadas continuam a combater no bairro de Zeitun e que outras forças de infantaria estão a manobrar no bairro de Sheikh Radwan, a norte da Cidade de Gaza.
"Continuamos a atacar sistematicamente as infraestruturas do Hamas", acrescentou Defrin, a respeito da operação aprovada pelas autoridades israelitas, que pretende eliminar as últimas bolsas do grupo islamita palestiniano e recuperar os 48 reféns que permanecem na sua posse, dos quais se estima que 20 estejam vivos.
O plano prevê a ocupação total da Faixa de Gaza e a deportação forçada de centenas de milhares dos seus habitantes, numa região do enclave que a ONU já declarou que se encontra afetada pela fome.
Segundo fontes das autoridades de saúde do enclave palestiniano citadas pela estação televisiva "Al-Jazeera", os ataques israelitas provocaram esta quinta-feira a morte de 69 pessoas na Faixa de Gaza, incluindo 39 na capital do território.
Num único ataque desta quinta-feira contra o bairro de Al-Tuffah, segundo o porta-voz da Defesa Civil do território, Mahmud Basal, cinco pessoas morreram e mais de 50 ficaram feridas, incluindo crianças.
O número de mortos no conflito na Faixa de Gaza desde o início da ofensiva israelita ultrapassou os 64 mil, informaram esta quinta-feira as autoridades locais controladas pelo Hamas.
Segundo o Ministério da Saúde do território, o total de mortos em quase dois anos de guerra inclui cerca de 400 pessoas dadas como desaparecidas, mas que tiveram entretanto os óbitos confirmados.
O número total de vítimas mortais aumentou para 64.231 e os feridos contabilizados são 161.583, de acordo com os novos dados.
A guerra em curso na Faixa de Gaza foi desencadeada por um ataque liderado pelo Hamas em 7 de outubro de 2023 no sul de Israel, onde fez 1200 mortos, na maioria civis, e 251 reféns.
Em retaliação, Israel lançou uma ofensiva em grande escala no enclave palestiniano, que destruiu a quase totalidade das infraestruturas do território e provocou um desastre humanitário sem precedentes na região.