Portalegre
Desde o início do ano que a VMER de Portalegre já teve parada 500 horas.
«Na passada terça-feira a Viatura Médica de Emergência e Reanimação (VMER) do hospital de Portalegre esteve inoperacional durante um turno de oito horas por falta de médico.
Nesse período, o centro de coordenação de doentes urgentes recebeu uma chamada de emergência e, do outro lado da linha, estava uma mulher desesperada que encontrou o marido inanimado no chão da garagem de casa.
Foram accionados os bombeiros de castelo de vide que demoraram sete minutos a chegar ao local e iniciaram as manobras de reanimação.
Na ausência da VMER foi decidido o transporte do doente para ambiente hospitalar. Chegou ao hospital de Portalegre 19 minutos depois, mas já não havia nada a fazer e o óbito foi declarado.
O hospital de Portalegre reconhece as dificuldades em preencher as escalas para este serviço, garantido que ainda assim “apenas dez por cento do tempo, a viatura médica desta unidade de saúde teve parada derivado à falta de recursos humanos” o que equivale a 500 horas desde o início do ano.
Afirma ainda sobre este caso que não é possível estabelecer uma relação causa/efeito, e que mesmo que a VMER estivesse operacional o resultado seria o mesmo.
A vítima é um militar da GNR com 47 anos, que prestava serviço no comando de Portalegre.
Este homem sofria de doença cardíaca e já havia tido outros episódios de paragens cardio respiratória, sendo que desta vez acabou por ser fatal.
Para já não há nenhum inquérito a decorrer para apurar a morte deste homem.