Família da grávida e do bebé que morreram no hospital Amadora-Sintra não tem dinheiro para transladar os corpos

| 08 de Novembro de 2025 às 21:10
A carregar o vídeo ...

Amadora-Sintra

São necessários 4500 euros para os transportar para a Guiné-Bissau. Foi já criada uma angariação de fundos. Esta família acusa o hospital de negligência médica.


É um sofrimento sem fim para esta família. A grávida de 36 anos morreu dia 31 de outubro no hospital Amadora-Sintra.

Começou a sentir-se mal por volta das 00h20, mas o socorro só chegou 45 minutos depois do primeiro contacto para o 112. Seis minutos após entrar nas urgências foi feita a cesariana.

Mas a mãe e o bebé não resistiram. A família quer puder fazer o luto em paz, para isso precisa de transladar os corpos para o lugar onde Umo Cani nasceu.

Sem dinheiro para o transporte dos corpos para a Guiné-Bissau, os familiares criaram um GoFundMe para angariar os 4500 euros necessários.

Na plataforma alegam que Umo e a bebé morreram vítimas de negligência médica.

Paloma Mendes, amiga da família, apela por ajuda. "Neste momento não temos ajuda de ninguém para fazer a transladação dos corpos. Peço ajuda a todos por favor.”

A amiga da família disse que já conseguiram 2300 euros, mas que precisam ao todo de 4500 euros.

A grávida era seguida no SNS desde julho e teve pelo menos duas consultas no hospital Amadora-Sintra.

Numa das consultas verificou-se uma hipertensão ligeira, mas Umo foi mandada para casa.

A família apresentou documentos que desmentem a informação inicial da Unidade local de saúde Amadora-Sintra e da ministra da Saúde.

Inicialmente Ana Paula Martins afirmou que a mulher não teve acompanhamento medico e que Umo estaria a viver há pouco tempo em Portugal.

Depois admitiu uma falha grave na informação e aceitou a demissão do presidente da administração do hospital.