Gaza
As famílias temem que o corte de eletricidade agrave a crise humanitária no enclave palestiniano, e aumente o risco de propagação de doenças e piore as condições dos seus entes queridos que estão em cativeiro.
Vários familiares de reféns israelitas enviaram cartas ao primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, pedindo-lhe que reverta a decisão de cortar o fornecimento de eletricidade à Faixa de Gaza. As famílias temem que esta medida agrave a crise humanitária no enclave palestiniano, e aumente o risco de propagação de doenças e piore as condições dos seus entes queridos que permanecem sequestrados há mais de 15 meses.
Durante 16 meses, Gaza foi abalada por explosões incessantes, mergulhou a população num estado de angústia permanente. Nos últimos dias, os ataques tornaram-se esporádicos, mas o silêncio que se seguiu revela um vazio igualmente avassalador. A escuridão não afeta apenas os corações daqueles que viveram o sofrimento, estende-se pelas ruas, pelas casas e pelas centrais de dessalinização de água, que compromete o acesso a bens essenciais.
No meio da escuridão, ressoam os ecos daqueles que lutam para sobreviver sem as condições mínimas. A escassez de água potável torna-se uma ameaça crescente, enquanto o bloqueio de eletricidade imposto por Israel agrava a crise.
Há uma semana, as autoridades israelitas suspenderam também a entrada de ajuda humanitária em Gaza e reforçaram o cerco a um território onde controlam todos os acessos.
A decisão do Governo israelita tem sido alvo de críticas por parte de organizações internacionais, que alertam para uma catástrofe humanitária.