Fernando Gomes
O antigo presidente da Federação Portuguesa de Futebol disponibilizou o equipamento informático que usou no cargo e garantiu que autorizará a Microsoft a ceder os dados do seu e-mail às autoridades.
Fernando Gomes, atual Presidente do Comité Olímpico de Portugal, garantiu estar disponível para colaborar com o Ministério Público (MP) e com a Polícia Judiciária (PJ) na operação Mais Valia. O ofício foi enviado há mais de uma semana ao Departamento de Investigação e Ação Penal.
De acordo com o "Diário de Notícias", Fernando Gomes disponibilizou o equipamento informático que utilizou durante os quase 14 anos em que esteve à frente da Federação Portuguesa de Futebol (FPF).
Na mesma carta, o dirigente compromete-se ainda a autorizar a Microsoft a entregar todos os dados relacionados com o seu antigo e-mail.
A carta surgiu depois de uma notícia revelar que a investigação tentava recuperar esses mesmos dados. No entanto, os mesmos foram apagados durante buscas à federação e Fernado Gomes levou o equipamento informático consigo.
Segundo fonte próxima de Fernando Gomes, o antigo Presidente limitou-se a levar o computador, o iPad e o telemóvel que usava em funções, como puderam fazer todos os colaboradores que saíram na mesma altura.
A operação Mais Valia investiga suspeitas de corrupção, fraude fiscal e recebimento indevido de vantagem na venda da antiga sede da FPF por mais de 11 milhões de euros.
Até agora, foram constituídos dois arguidos: o advogado e ex-deputado socialista António Gameiro e o antigo secretário-geral da FPF, Paulo Lourenço.
Apesar das buscas e da mediatização do caso, Fernando Gomes não é arguido.
O diretor nacional da PJ, Luís Neves, já tinha garantido publicamente que o ex-Presidente da federação não é visado nesta investigação.