Filha de José Manuel Anes vai ser presente a tribunal amanhã

Madalena Simões | 21 de Outubro de 2025 às 21:50
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José Manuel Anes

Ana Rawson foi constituída arguida por suspeita de tentativa de homicídio de José Manuel Anes e está agora sob custódia da polícia judiciária.

Depois de ter tentado matar o pai, é provável que a filha do antigo Presidente do Observatório de Segurança, Criminalidade Organizada e Terrorismo seja considerada indigna de receber a herança do pai, uma vez que a indignidade é um mecanismo jurídico que impede um herdeiro de receber a herança na sequência de ter cometido um ato grave.

Ana Rawson tem problemas psiquiátricos diagnosticados e não tratados. A filha do professor e historiador acusa o pai de ser um dos autores do atentato de Camarate, que aconteceu em 1980, em que a explosão de uma avioneta vitimou o antigo-primeiro ministro Francisco Sá Carneiro. Sabemos também que a agressora procurava o pai com frequência para lhe pedir dinheiro.

O crime aconteceu durante a tarde desta segunda-feira, quando José Manuel Anes estava sozinho em casa da companheira e foi surpreendido pela filha.

A vítima de 81 anos foi esfaqueada várias vezes e acabou por dar entrada no Hospital de São José, em Lisboa, já em estado crítico. Segundo a PSP, o prognóstico de José Manuel Anes evoluiu para reservado devido a um hematoma cerebral, além dos vários ferimentos e lacerações no abdómen, nas mãos e nas pernas. Já os hematomas nos olhos foram provocados pelos dedos da principal suspeita. Depois de ter agredido o pai, Ana Rawson fez duas publicações nas redes sociais a admitir o ataque.

Ana Rawson foi encontrada perto das oito horas da noite, nas proximidades da casa da companheira de José Manuel Anes, acabando por ser levada para o hospital, onde foi submetida a uma avaliação psiquiátrica. Posteriormente, a suspeita foi levada para a prisão feminina de Tires.

Foi constituída arguida por tentativa de homicídio do pai, e está agora sob custódia da polícia judiciária.