Francisco Assis
Francisco Assis disse ainda no NOW que o PS tem "gente com muita qualidade" na região e que, com a devida avaliação e modificações necessárias, poderão constituir uma alternativa forte.
O eurodeputado do Partido Socialista (PS) Francisco Assis esteve esta segunda-feira no NOW e comentou os resultados das recentes eleições na Madeira, que deram a vitória ao Partido Social Democrata (PSD) e colocaram os socialistas em terceiro lugar.
O eurodeputado começou por sublinhar a importância de uma reflexão ponderada e cuidadosa sobre a atual situação política da Madeira.
"Julgo que isso é um trabalho que tem que ser feito com ponderação e com cuidado", disse.
Além disso, o eurodeputado sugeriu que o abandono de Paulo Cafôfo da Madeira para assumir funções no Governo possa ter sido um fator que contribuiu para a perda de apoio ao PS, embora não acredite que essa seja a única explicação.
Acrescentou ainda que o PS tem "gente com muita qualidade" na região e que, com a devida avaliação e modificações necessárias, poderão constituir uma alternativa forte.
"É evidente que terá que haver uma mudança de liderança, isso até Paulo Cafôfo já reconheceu", revelou, sugerindo que tal mudança pode ocorrer antes ou depois das autárquicas e que deve ser uma questão central do partido.
O eurodeputado fez ainda questão de reforçar que a derrota nas eleições não condena o PS a uma "posição vitalícia", apesar de o PSD estar no poder na Madeira há cerca de 50 anos.
"A democracia é isto mesmo, ontem o Partido Socialista sofreu uma derrota, não há como ignorá-lo, foi uma derrota forte, foi uma derrota pesada", disse, salientando que essa derrota não define o futuro do partido.
Francisco Assis também defendeu que a vitória do PSD nas regionais da Madeira não afetará o desempenho do PS no plano nacional.
"O PS foi o partido que mais eleições ganhou a nível nacional, que mais tempo teve no poder e, contudo, nunca ganhou uma eleição regional na Madeira", salientou.
O eurodeputado concluiu que não é possível estabelecer uma correlação entre os resultados do PS na Madeira e no plano nacional. Acrescentou ainda que as vitórias regionais do PSD não devem ser vistas como um reflexo imediato do futuro eleitoral do país.