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Futuro do PS: Bruno Gonçalves diz que “não é tempo de discutir líderes, é tempo de falar aos portugueses” – Hélder Amaral considera que “Luís Carneiro parte claramente à frente”

| 27 de Maio de 2025 às 22:00
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Frente a Frente

Bruno Gonçalves e Hélder Amaral estiveram Frente a Frente no NOW.

Bruno Gonçalves (PS) e Hélder Amaral (CDS) estiveram esta terça-feira frente a frente no  NOW, onde analisaram o futuro do Partido Socialista (PS) e o perfil da nova liderança.

Bruno Gonçalves começou por recordar que os estatutos do PS já preveem cenários de transição de liderança.

“O Partido Socialista tem, por alguma razão, nos seus estatutos esta situação prevista. Quando um secretário-geral se demite, os prazos são geralmente alargados para assegurar uma eleição interna e a realização de um congresso”, afirmou.

Segundo o socialista, este modelo garante que não há apenas uma escolha imediata do novo líder, mas uma legitimação mais alargada das estruturas dirigentes.

Sobre José Luís Carneiro, possível sucessor na liderança do PS, Bruno Gonçalves salientou a sua disponibilidade em momentos difíceis:

“Foi alguém que se mostrou disponível para se candidatar em eleições internas muito disputadas, que, à partida, poderia perder frente a Pedro Nuno Santos. Não me parece que essa questão de liderança esteja em aberto neste momento. O mais relevante agora é debater com clareza os temas centrais que interessam aos portugueses”, disse.

Já Hélder Amaral, antigo deputado do CDS, destacou o favoritismo de José Luís Carneiro no processo sucessório:

“Parece-me que os dados estão lançados. Parte à frente, com apoios que já tinha e, porventura, outros que não tinha. Não deixa de ser curioso que é o secretário-geral anterior quem perde, mas não vou comentar. Ainda assim, parte claramente em vantagem”.

Para Hélder Amaral, o perfil de Luís Carneiro é mais moderado e representa uma sensibilidade diferente dentro do PS:

“Tem muito a ver com o PS do Norte, que é distinto do PS do Sul. A norte do Tejo, o partido tende a ser mais liberal e menos afirmativo ideologicamente”, disse.

Referindo-se a Pedro Nuno Santos, acrescentou:

“Era oriundo de São João da Madeira, centro-norte do país, e nunca escondeu – nem afirmou, mas também nunca negou – o seu papel como mentor e grande apoiante da Geringonça”.