Governo
Os especialistas acreditam que a aprovação deste orçamento não será dramática, porque tanto o Chega como o PS não querem, por enquanto, rebentar com o atual esquema político.
O Executivo dá esta quarta-feira o tiro de partida no diálogo com os partidos sobre a proposta do Orçamento do Estado para 2026.
Mas, ao contrário do que sucedeu o ano passado, as negociações não parecem levantar preocupações e devem ser até mais fáceis do que as anteriores.
O Governo parte para as negociações com margem orçamental e com mais consensos com os dois maiores partidos da oposição, o Partido Socialista e o Chega.
Os politólogos ouvidos pelo Negócios dizem ainda que a confiança do Governo se deve aos resultados eleitorais, que afastam eleições antecipadas nos próximos tempos e dão uma maioria parlamentar à direita.
Há consensos entre o Chega e a AD. Como a descida de impostos, com a redução do IRS e do IRC. Os especialistas dizem no entanto que André Ventura terá de demonstrar razoabilidade e pragmatismo negocial.
As contas públicas também ajudam na equação. Há uma consolidação das finanças públicas e validação externa destas por parte das agências de rating.
A AD deverá dar mais atenção ao Chega, deixando o PS para trás, numa altura em que José Luís Carneiro tenta recentrar o partido e não se entende se os socialistas vão ou não aprovar o Orçamento de 2026.
Os especialistas acreditam que a aprovação deste orçamento não será dramática, porque tanto o Chega como o PS não querem, por enquanto, rebentar com o atual esquema político.
O partido de André Ventura quer afirmar-se como um partido potencialmente de poder e o PS quer evitar ser visto como um partido esquerdista ou radical e afirmar-se "moderado".