Luís Montenegro
O estado de alerta está em vigor desde o dia 3 deste mês de agosto e terminará, caso não existam mais alterações, na sexta-feira, às 23h29.
A revelação foi anunciada pelo primeiro-ministro Luís Montenegro esta quarta-feira, ao final da tarde, a pouco mais de 24 horas do fim do segundo período de estado de alerta.
As condições adversas do clima vão e a perigosidade dos incêndios vai manter-se por mais dias, pelo que os comandantes da proteção civil são da opinião que a situação de alerta se deveria manter pelo menos até domingo.
Os argumentos em que o Governo se sustentou para decretar e depois fazer o primeiro prolongamento do cenário de crise mantêm-se.
O clima adverso com calor, vento e baixa humidade relativa vai-se manter.
A disposição e o nível de alerta dos meios de combate devem também manter-se e também porque as medidas restritivas e preventivas do estado de alerta contribuíram e muito, para a diminuição do número de ignições.
Há outros dois fatores que contribuiram para a decisão do prolongamento do estado de alerta. Por um lado, não faz sentido Portugal ter pedido ajuda a Marrocos para contar com dois aviões Canadair, o melhor meio aéreo de combate a incêndios e que foram pedidos com vários dias de atraso, e agora aligeirar as medidas.
Por outro, com o fim do estado da alerta, a mensagem que o Governo passaria é que o perigo acabou, o que poderá provocar o desleixo, facilitismo e aumentar comportamentos negligentes da população.
Desde o início do ano e até esta terça-feira o país já registou 5872 incêndios que destruíram mais de 62 mil hectares de floresta e mato.