Em apenas 15 dias, 35 alunos abandonaram a formação que decorre em Torres Novas.
Teve início no dia 8 de setembro o curso de formação de novos agentes da PSP que decorre na Escola Prática de Torres Novas. Nessa altura estavam inscritos 633 alunos, um valor já distante das 800 vagas definidas em despacho conjunto dos ministérios da Administração Interna e das Finanças.
Ainda assim, segundo as informações reveladas pelo Correio da Manhã, nesta segunda-feira, dia 22 de setembro, eram apenas 598 os inscritos que se encontravam a frequentar as aulas.
Quer isto dizer que os 35 alunos que já abandonaram o curso representam uma média de duas desistências por dia.
Fonte oficial da PSP disse ao Correio da Manhã que os valores avançados "representam um número superior ao ocorrido", mas não confirmou quantos seriam ao certo os desistentes.
Além disso, acrescentou que "à semelhança do que habitualmente ocorre em cursos anteriores, no curso de formação de agentes iniciado recentemente verificou-se que nem todos os candidatos que foram considerados aptos, e foram convocados para iniciar o curso, o fizeram".
A explicação dada pela tutela para justificar a dificuldade em preencher as vagas disponíveis prende-se com o rigor das provas de seleção, teoria que os sindicatos contrariam, defendendo que é a falta de atratividade da carreira policial o maior problema.
O cenário piora quando se conhecem os números: há neste momento 3546 elementos que se encontram aptos para a pré-reforma, dos quais 71 são oficiais, 543 chefes e 2932 agentes.