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Há quem ganhe centenas de euros com a venda do Ozempic na Internet

| 07 de Março de 2025 às 15:04
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Filipa Novais

O medicamento usado para tratar doentes diabéticos é cada vez mais procurado por quem quer emagrecer rapidamente. Sem conseguir comprar nas farmácias, há quem opte por comprar na Internet, mas a venda é ilegal.

A jornalista Filipa Novais esteve no NOW esta sexta-feira e falou sobre a reportagem que fez sobre a venda ilegal do medicamento Ozempic em Portugal.

Segundo a jornalista, este medicamento injetável, que vem numa caneta, é prescrito com comparticipação a doentes com Diabetes Mellitus tipo 2 e um Índice de Massa Corporal superior a 35, ou seja, um elevado grau de obesidade.

Filipa acrescenta que a procura tem aumentado entre quem não tem diabetes e deseja emagrecer rapidamente, o que levou ao crescimento da oferta e procura no mercado negro.

"Há quem lucre com esta procura, vendendo o medicamento fora do circuito legal", afirmou, mencionando que o preço deste produto pode chegar aos 200 euros, muito acima dos dez euros nas farmácias.

Para investigar a situação, Filipa Novais infiltrou-se no mercado negro e ficou surpresa com a facilidade com que se consegue aceder ao medicamento. "É muito fácil comprar o produto, que está esgotado nas farmácias", contou.

Segundo a jornalista, basta contactar vendedores em redes sociais como Facebook ou o TikTok e rapidamente o medicamento está nas mãos do comprador.

Embora o laboratório que fabrica o Ozempic garanta que as embalagens são genuínas e estejam seladas, o laboratório alertou que "não é possível assegurar a autenticidade do produto vendido ilegalmente" sem analisar o líquido.

A jornalista também abordou o problema da escassez do medicamento, explicando que, com o aumento da procura fora da terapêutica autorizada, a distribuição está desequilibrada, podendo afetar a disponibilidade do Ozempic para quem realmente necessita.

Filipa Novais revelou ainda que a ASAE, que tem a função de fiscalizar as vendas online, nunca detetou nada ilegal.