Frente a Frente
Frente a Frente no NOW, Mariana Vieira da Silva afirmou que o Governo devia limitar a utilização de casas "que podiam ser de habitação para turismo". Já André Coelho Lima relembrou que vão ser apresentadas mais medidas na quinta-feira.
Mariana Vieira da Silva (PS) e André Coelho Lima (PSD) estiveram Frente a Frente no NOW esta quarta-feira e falaram sobre as novas medidas para a habitação que o Governo vai aprovar em Conselho de Ministros na quinta-feira.
Mariana Vieira da Silva começou por afirmar que dentro do pacote existem "medidas que procuram apoiar a compra ou o arrendamento" de casas, procurando assim "mobilizar o mercado".
Neste sentido, a deputada socialista referiu que, ao longo deste ano, tem havido "uma deterioração muito significativa dos preços", ou seja, têm estado sempre a subir.
"O que é que nós sabemos sobre a política de habitação? Sabemos que, por um lado, todos os países que têm este problema vão procurando uma mistura de políticas do lado da oferta e do lado da procura. O nosso Governo tem atuado muito menos do lado da oferta, numa dimensão muito relevante que é a regulação do mercado de habitação", sustentou.
Segundo Mariana Vieira da Silva, o Executivo de Luís Montenegro deveria, "como muitos governos liberais na Europa fazem", limitar a utilização de casas "que podiam ser de habitação para turismo".
Neste sentido, André Coelho Lima (PSD) reconheceu que os problemas na habitação, nomeadamente a nível de preços e disponibilidade de casas, é um problema "transversal a todo o mundo ocidental".
"É um problema que está a afetar a Europa toda. Uns governos estarão a ter mais sucessos, outros menos. Mas aquilo que o Governo [português] está a fazer é alguma coisa, que é isso que lhe compete. É muito cedo para nós aferirmos as medidas do Executivo até porque percebemos que amanhã serão aprovadas em Conselho de Estado um conjunto de outras medidas nesta área", destacou.
André Coelho Lima acrescentou que as medidas a serem apresentadas em Conselho de Ministros na quinta-feira são dedicadas, "acima de tudo", ao arrendamento.
Contudo, "hoje levantou-se o véu sobre duas medidas de impacto fiscal, que me parecem muito relevantes, ou seja, a circunstância de poder aumentar o montante de dedução à coleta, que é pago pelos senhorios", vincou André Coelho Lima.