Hamas concorda com parte do plano de paz de Trump mas exige negociações

Constança Santos | 04 de Outubro de 2025 às 11:33
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Hamas aceita plano mas exige negociações

Após resposta do grupo islamita, esta sexta-feira, sobre o acordo de cessar-fogo proposto pelos Estados Unidos, Donald Trump pediu a Israel para parar imediatamente os bombardeamentos a Gaza.

O Hamas anunciou esta sexta-feira que aceita libertar todos os reféns israelitas, mas quer negociar alguns dos pontos que constam no plano de paz apresentado pelo Presidente, dos Estados Unidos (EUA), Donald Trump. O grupo aceita deixar a administração de Gaza, desde que se crie um conselho técnico de palestinianos independentes, formado com base no consenso nacional e com o apoio árabe e islâmico.

O grupo agradeceu os esforços internacionais e garantiu que está pronto para abrir a mesa de negociações e definir os detalhes do acordo. As palavras do Hamas chegaram a Washington e Trump mostrou a sua satisfação. 

Apesar dos festejos, há ainda alguns pontos de divergência. O Hamas alerta que quer participar na discussão sobre o futuro de Gaza e contribuir com a proposta de forma responsável. Note que o acordo proposto por Trump impede o grupo islamita de ter qualquer responsabilidade na constituição de um futuro governo.

Um representante do grupo defendeu ainda que o desarmamento do Hamas acontecerá depois da ocupação israelita em Gaza terminar. Esta é mais uma divergência do plano de Trump, já que o acordo prevê que o grupo entregue as armas imediatamente e que a saída de Israel no enclave palestiniano seja feita por fases. 

Donald Trump reagiu ao anúncio do Hamas e pediu a Israel que interrompesse imediatamente os bombardeamentos em Gaza. Apesar do apelo, Telavive voltou a atacar, na madrugada de sábado, a Cidade de Gaza. 

No entanto, os líderes políticos de Israel já instruíram as forças armadas a reduzir as atividades ofensivas em Gaza.

Além disso, Israel anunciou este sábado que se prepara para implementar de forma imediata em Gaza o plano de vinte pontos do Presidente dos Estados Unidos para libertar os reféns.