Alcobaça
O acusado alegou em tribunal ter sido alvo de abusos sexuais por parte da vítima, tese que foi prontamente afastada pelo coletivo de juízes. Crime aocnteceu em novembro de 2020.
Foram necessários menos de dez minutos para o tribunal de Leiria condenar Carlos Sousa a 21 anos de prisão, esta quinta-feira, pelo crime de homicídio qualificado.
O arguido respondia em tribunal pela sua intervenção na morte de João Valentim, de 75 anos, em novembro de 2020, que foi encontrado amarrado e amordaçado, em sua casa, com vários hematomas causados pelo agressor.
Após ter sido detido, Carlos Sousa declarou à polícia não conhecer a vítima mortal, tese que se foi alterando à medida que as provas demonstravam o contrário.
Após terem sido encontrados vestígios biológicos seus num par de luvas de látex e numas calças da vítima, o condenado alegou ter sido alvo de abusos sexuais por parte da vítima, quando tinha 12 anos, e que mantinha à altura um relacionamento amoroso com João Valentim.
Em julgamento, as testemunhas próximas de João Valentim descreveram-no como um homem solitário, a quem não eram conhecidas quaisquer relações próximas. Perante os indícios, o tribunal descartou por completo as teses apresentadas pela defesa.
O perfil de ADN de Carlos Sousa foi ainda encontrado nos registos das autoridades francesas, que estavam em busca do autor de um roubo qualificado, ocorrido em 2016.