Incêndiário detido
O arguido acendia duas velas pretas em zonas de mato e esperava que a chama alastrasse.
O Tribunal de Coimbra condenou um homem a seis anos e três meses de prisão efetiva por ter ateado vários incêndios florestais na zona de Cantanhede.
O homem, de 40 anos, estava acusado pelo Ministério Público da prática de 23 crimes de incêndio florestal. No entanto, o coletivo de juízes considerou que apenas foi feita prova relativamente a seis.
Os factos que estavam em causa no processo ocorreram entre abril e agosto de 2023, no concelho de Cantanhede. O arguido é acusado de atear os fogos quando se deslocava de bicicleta entre a localidade de Cadima, onde residia, e o local de trabalho da companheira.
Segundo a acusação, o homem ateava os fogos com recurso a um isqueiro, depois de juntar alguma caruma e folhas secas em redor de duas velas pretas que acendia. O objetivo era que o fogo se propagasse à floresta. Após confirmar que o incêndio tinha alastrado, o suspeito afastava-se do local.
Alguns dos momentos foram filmados pelo ponto de videovigilância do Grupo de Trabalho para a Redução de Ignições. Nas gravações, é possível ver o homem a abandonar o local onde ateou as chamas.