Funcionário do BE despedido
Vitor terá sido contratado como assessor quando na realidade era funcionário do partido.
Vítor Machado conta que começou a trabalhar para o Bloco de Esquerda quase que por acidente. O partido precisava apenas de uma ajuda técnica, mas Vítor acabou por ficar e tornar-se um dos funcionários.
Foi em 2008 que o vínculo laboral com o Bloco de Esquerda teve início mas não foi feito diretamente com o partido.
Todos os partidos recebem um orçamento, tanto na Assembleia da República como nas autarquias, para contratar assessores dos deputados. Vitor terá sido contratado como assessor quando na realidade era funcionário do partido.
Recebia pouco mais de 700 euros na conta bancária todos os meses em recibos verdes e outros 400 euros eram entregues em numerário. Durante dois anos este foi o sistema que enfrentou até entrar para os quadros do Bloco de Esquerda. Em 2015, o partido pede-lhe para regressar à Assembleia Municipal de Lisboa.
Em 2016, quase uma década depois a trabalhar no Bloco de Esquerda, o vínculo laboral é terminado. Vítor tinha 53 anos.
Numa reunião onde Joana Mortágua, atual deputada do partido, e Fabian Figueiredo, líder parlamentar, marcaram presença, o Bloco de Esquerda sugeriu pagar uma indemnização a Vítor Machado mas em recibo verde.
Foram pagos 12 mil euros ao antigo funcionário do BE como indemnização de quase dez anos de trabalho no partido.
Vítor Machado continua desempregado.