IGAS abre inquérito para apurar circunstâncias da assistência dada a grávida em fim de gestação que acabou por perder o bebé

| 19 de Novembro de 2025 às 21:01
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IGAS

A Entidade Reguladora da Saúde também está a analisar o caso, após a família ter acusado o hospital de negligência e falta de assistência médica.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um processo de esclarecimento sobre a assistência dada a uma grávida no fim de gestação, na maternidade Daniel de Matos, em Coimbra.

O caso aconteceu no dia 1 de novembro. A mulher que tinha tido consulta três dias antes na maternidade Bissaya Barreto, também em Coimbra, estando tudo dentro da normalidade, começou a sentir-se mal e foi encaminhada para a Daniel de Matos.

A grávida entrou no hospital com uma hemorragia. Segundo a unidade local de saúde, quando a grávida chegou à urgência foi internada e fizeram exames complementares de diagnóstico, onde foi detetada "ausência de vitalidade fetal".

Mas a versão da irmã da grávida não é exatamente a mesma. Diz que o bebé tinha sinais vitais quando deu entrada no hospital, mas que a irmã terá estado muito tempo sem qualquer tipo de assistência e monitorização. Quando voltou a ser vista pela equipa médica, foi-lhe comunicado que o bebé estava morto e ficou várias horas à espera de uma cesariana.

A unidade de saúde alega que os "dados confirmaram sinais de morte fetal prévia" e que foi desencadeado um estudo anatomopatológico, do qual se aguardam os resultados.

O processo por parte da IGAS foi instaurado no dia 12 depois de o caso ter sido noticiado pelo Correio da Manhã. A Entidade Reguladora da Saúde também está a analisar o caso, após a família ter acusado o hospital de negligência e falta de assistência médica.