IGAS abre inquérito sobre helicóptero do INEM que está sem funcionar no Algarve

| 03 de Novembro de 2025 às 21:30
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IGAS abre inquérito sobre helicóptero do INEM que está sem funcionar no Algarve

Um bebé teve de percorrer mais de 300 quilómetros de ambulância até Lisboa, onde continua nos cuidados intensivos.

A Inspeção-Geral das Atividades em Saúde (IGAS) abriu um inquérito para investigar o caso do helicóptero do INEM que está sem funcionar no Algarve.  

Um bebé teve de percorrer mais de 300 quilómetros de ambulância até Lisboa, onde continua nos cuidados intensivos. O INEM garante que os helicópteros de Loulé e Évora não poderiam levantar voo devido ao mau tempo.   

O bebé nasceu em Portimão com uma hemorragia cerebral congénita e foi para a unidade de Faro, mas o estado clínico obrigava a uma segunda transferência para o hospital Dona Estefânia, em Lisboa. Segundo foi possível apurar, o helicóptero de Loulé estava inoperacional por outros motivos, como de manutenção e logística.    

O Airbus H145 continua, desde a tarde de sábado, sem operar. A razão é a falta de uma peça num equipamento médico, que seria essencial para o acompanhamento das vítimas a bordo.   

Sem alternativa aérea, o transporte foi feito através de uma ambulância e, na azáfama das viagens entre Portimão, Faro e Lisboa, o bebé com poucas horas de vida teve de percorrer 340 quilómetros.   

A IGAS abriu um processo de esclarecimento para apurar o que aconteceu: se foi devido a uma falha do INEM ou de uma decisão médica.   

A demora poderá ter agravado o estado de saúde do bebé, que deu entrada no hospital Dona Estefânia, em Lisboa, em estado crítico. Está ainda nos cuidados intensivos de neonatologia.   

O ‘héli’ que estava em Loulé era novo e foi substituído por este que está agora inoperacional, curiosamente, no dia em que o INEM anunciou que as quatro aeronaves estavam operacionais nas quatro bases do país, 24 horas por dia.