Frente a Frente
Mário Amorim Lopes (IL) e Joana Mortágua (BE) estiveram Frente a Frente no NOW.
Mário Amorim Lopes (IL) e Joana Mortágua (BE) estiveram Frente a Frente no NOW na noite desta terça-feira e falaram sobre a candidatura do presidente do Chega, André Ventura, à presidência da República.
Mário Amorim Lopes começou por afirmar que André Ventura “já foi candidato a tudo”, menos às eleições europeias.
“André Ventura, creio que já foi candidato a tudo, com exceção às eleições europeias, pelo natural desdém que o partido Chega tem pela União Europeia, portanto, até seria estranho se fosse candidato”, defendeu.
Explicou ainda que o candidato a Presidente da República “consegue capitalizar no ressentimento que as pessoas têm”.
“Eu percebo que as pessoas estejam zangadas. Um terço dos jovens emigrou, e vai continuar a emigrar, as pensões são o que são e os salários não cresceram como noutros países europeus, sobretudo quando o custo de vida está a aumentar”, acrescentou.
No entanto, o deputado liberal defendeu que “a solução para esta revolta não pode ser alguém que promete deitar tudo abaixo e que, eventualmente, poderá alguma coisa sair daqui”.
Por sua vez, Joana Mortágua afirmou que André Ventura se candidata a Presidente da República porque “não se pode dar ao luxo de desaparecer”.
“O Chega não tem mais ninguém. O Chega é um ‘one-man show’. André Ventura é candidato a tudo, até me espanta que não seja candidato ao Benfica”, acrescentou.
A dirigente nacional do Bloco de Esquerda criticou a “política horrível” de André Ventura e recorda que o candidato incita à violência política, “ao dizer que tem orgulho na caçada a imigrantes que existiu em Espanha”.
“Nós temos alguém a candidatar-se a alguém a candidatar-se a Presidente da República que diz que os outros [candidatos] se preocupam mais com os estrangeiros do que com os portugueses, mas ele está preocupado em como vai prender o Pedro Sanchéz na cadeia”, concluiu.