Imigrante em situação ilegal permaneceu 7 meses com alta hospitalar a ocupar uma cama do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra

| 14 de Julho de 2025 às 23:25
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Coimbra

Só deixou o local à força após ter sido detido por uma equipa da Brigada de Fiscalização de Estrangeiros do Comando de Coimbra da PSP.

Um imigrante em situação ilegal esteve sete meses com alta hospitalar e a ocupar uma cama do Centro Hospitalar e Universitário de Coimbra (CHUC), que só deixou à força após ter sido detido por uma equipa da Brigada de Fiscalização de Estrangeiros do Comando de Coimbra da PSP.

O argelino Moamed Soudine, 35 anos, que fala português, ficou em silêncio, mas ofereceu resistência à sua detenção, onde acabou por ser algemado na cama hospitalar da enfermaria Cirúrgica II do CHUC, com reforço policial da PSP. Nas escadas de acesso ao exterior da unidade hospitalar, ainda tentou rasteirar os agentes que o escoltavam.

Foi uma apendicite que o levou à urgência e o manteve em vigilância clínica durante seis dias, entre 17 janeiro, quando ali deu entrada, até 23 de janeiro, quando teve alta hospitalar.

Com outras patologias do foro psicológico, terão sido contactadas diversas instituições que o recusaram acolher e por não ter para onde ir, permaneceu a ocupar a cama de uma enfermaria de um hospital de referência e um dos maiores do país, até ao passado dia 7 de julho, quando foi algemado e detido à força.

Estava sem qualquer documento de identificação. A investigação permitiu perceber que estava sem passaporte desde 2023, quando comunicou à Agência para a Integração Migração e Asilo (AIMA) a perda do documento em território nacional, que indeferiu a sua manifestação de interesse.

No nosso país o argelino terá permanecido pelos distritos de Aveiro, Castelo Branco e Coimbra. Tem antecedentes por pequenos delitos, mas também já foi vitima de agressões com ameaças de morte na via pública, em eventuais ajuste de contas.

O imigrante que foi constituído arguido, foi ouvido em primeiro interrogatório judicial, no tribunal de Coimbra, que confirmou a sua situação irregular no nosso país e o encaminhou para o Centro Instalação Temporário de Santo António, junto ao aeroporto do Porto, onde poderá ficar até dois meses, período durante o qual o seu processo vai ser analisado e poderá culminar na sua extradição.