Incêndios
Adolfo Santos foi a vítima mais recente, que morreu na terça-feira ao tentar combater um fogo.
O país ficou mais pobre. Vidas foram ceifadas pelo fogo e cada aldeia ardida conhece agora o peso da ausência. Atrás dos números estão nomes e rostos, mas também populações em luto.
Tinha 65 anos e era manobrador de máquinas numa empresa de Macedo de Cavaleiros. Ajudava a combater as chamas de Mirandela, abrindo caminho entre Freixeda e Caravelas, quando acabou colhido pela máquina que operava. O homem deixa a companheira, a filha e cinco netos.
Adolfo Santos é a mais recente vítima mortal e a sua história foi marcada pela tragédia. Perdeu um filho há doze anos, a mãe, já centenária, partiu há dois e a sogra da filha morreu no incêndio que tirou seis vidas, no passado sábado, num lar em Mirandela.
A segunda vítima mortal é Daniel Agrelo, de 44 anos. O bombeiro da Covilhã morreu na sequência de um acidente de viação ao final da tarde de domingo. Deslocava-se para um incêndio rural que tinha deflagrado na região, quando o autotanque onde seguia caiu numa ravina.
Carlos Dâmaso foi a primeira vítima dos fogos. O ex-autarca combatia as chamas que lavravam na aldeia vizinha e seguiam em direção a Vila Franca do Deão quando perdeu a vida, na sexta-feira passada. O homem era casado e deixa uma filha de onze anos.
Portugal é agora o país com maior percentagem de território ardido da União Europeia.