INEM
A última falha coincidiu com a morte de um militar da GNR, que não teve socorro médico.
Nuno Dias tinha 47 anos e 24 de serviço na GNR. Na manhã de terça-feira sentiu-se mal em casa, em Castelo de Vide. A mulher encontrou-o caído na garagem e ligou de imediato para o 112. Os bombeiros voluntários de Castelo de Vide chegaram em apenas sete minutos.
Mas a Viatura Médica de Emergência e Reanimação, a mais adequada para este tipo de ocorrências, nem sequer saiu da base. O problema era a falta de médicos para preencher a escala.
Quando deu entrada no hospital, já nada havia a fazer e foi declarado o óbito.
Naquele dia, a viatura médica de emergência e reanimação esteve parada entre as oito da manhã e as quatro da tarde.
O Presidente da Unidade Local de Saúde do Alto Alentejo admite as falhas. Diz que mesmo que houvesse médico, nada garantia um desfecho diferente.
Entre janeiro e julho, esta viatura, que deveria estar disponível 24 horas por dia, esteve inoperacional dez por cento do tempo. São mais de 500 horas sem prestar socorro e não é a primeira vez.
Em 2022, a viatura de emergência e reanimação também falhou uma ocorrência que terminou com a morte de um recém-nascido. A Entidade Reguladora da Saúde obrigou a garantir o serviço em permanência.
No entanto, o problema manteve-se por falta de médicos e enfermeiros com formação específica.
Não há previsão para reforçar equipas, mas a Unidade Local de Saúde garante estar a rever condições laborais.
O Comando da GNR de Portalegre lamenta a perda.