Investigação à morte de Manu
“Manu” levou para o local do crime arma do crime que o viria a matar
Foi “Manu” Gonçalves quem levou para o local do crime a arma que o viria a matar. A vítima esperou duas horas, de faca em punho, pelo grupo do homem que o acabaria por matar. Segundo informações recolhidas pelo NOW, a investigação apurou que, antes de ir ao Bar Académico (BA) de Braga, “Manu” pediu a um amigo para levar uma faca, “uma vez que receava puder encontrar, naquela noite, alguém “que lhe queria fazer mal”. O amigo fez-lhe a vontade: entregou-lhe uma faca com uma lâmina de 11 centímetros que “Manu” guardou consigo.
A investigação acredita que, no dia 12 de abril, pela 01h00, “Manu“ escondeu a faca junto a caixotes do lixo próximos do BA. Já dentro do bar, pelas 03h00, ter-se-á envolvido numa discussão com um dos elementos que integrava o grupo do homem que o matou — o brasileiro Mathues Machado (atualmente em prisão preventiva). “Manu” e o amigo acabariam por ser expulsos, mas decidiram manter-se no exterior do bar a aguardar pelos rivais. Terão esperado duas horas para ajustar contas.
Segundo o MP, “o falecido Manuel Gonçalves foi buscar a faca que havia escondido junto aos caixotes do lixo, munindo-se da mesma e empunhando-a com uma das mãos”. Pelas 05h00, descreve a investigação, os grupos rivais voltaram a encontrar-se, desta vez, no exterior do BA. Aqui, terão começado os confrontos físicos.
A investigação apurou que “Manu” terá perdido a faca que trazia e o arguido, Matheus Machado, agarrou-a. “A dada altura do confronto, o arguido, de forma concretamente não apurada, muniu-se da faca que o falecido tinha trazido consigo para junto do bar e, empunhando a mesma, dirigiu-se a Manuel Gonçalves e, uma vez junto deste, desferiu, pelo menos, 3 golpes”. “Manu”, de apenas 19 anos, morreu no local.