Irão pede ao conselho de segurança da ONU que escolha diplomacia em vez de confronto

Lusa | 19 de Setembro de 2025 às 12:15
O Irão apela à ONU para priorizar diplomacia face a suspeitas sobre programa nuclear
O Irão apela à ONU para priorizar diplomacia face a suspeitas sobre programa nuclear FOTO: LUSA_EPA

Os países ocidentais suspeitam que o Irão procura adquirir armas nucleares, mas Teerão nega as acusações e defende o direito de desenvolver um programa nuclear civil.

O Irão instou o Conselho de Segurança das Nações Unidas a optar pela diplomacia em vez do confronto, referindo-se à votação sobre a reposição das sanções internacionais.

A ONU vota esta sexta-feira a possibilidade de reposição das sanções contra o Irão, devido ao programa nuclear de Teerão. 

A confirmar-se, a reintrodução das sanções contra Teerão, poucos dias antes da Assembleia Geral da ONU, pode, no entanto, proporcionar uma nova oportunidade para negociações sobre o programa nuclear iraniano.

O ministro dos Negócios Estrangeiros iraniano, Abbas Araqchi, disse na quinta-feira à noite, através das redes sociais, que o Conselho de Segurança da ONU deve intervir e optar pela diplomacia, "em vez do confronto".

O chefe da diplomacia iraniano recordou ainda que Teerão apresentou um "plano razoável" ao Reino Unido, Alemanha e França, países que iniciaram o processo de reposição das sanções da ONU.

O plano foi rejeitado.

Em 2015, a França, o Reino Unido, a Alemanha, os Estados Unidos, a Rússia e a República Popular da China concluíram um acordo (Joint Comprehensive Plan of Action - JCPO) com Teerão, prevendo controlos sobre as atividades nucleares iranianas em troca do levantamento das sanções.

O acordo foi ratificado pela Resolução 2231 do Conselho de Segurança da ONU, que expira em meados de outubro.

Os Estados Unidos, durante o primeiro mandato do Presidente Donald Trump, decidiram retirar-se em 2018 e reimpuseram sanções próprias.

Posteriormente, o Irão retirou-se de certos compromissos, particularmente em relação ao enriquecimento de urânio.

Os países ocidentais suspeitam que o Irão procura adquirir armas nucleares, mas Teerão nega as acusações e defende o direito de desenvolver um programa nuclear civil.