Israel "logrou de uma enorme impunidade" que tornou "quase inviável" justificar a sua resposta contra o Hamas, diz Catarina Caria

Joana Ramalho | 07 de Outubro de 2025 às 23:42
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Guerra e Paz

No NOW, a especialista referiu que o ataque do Hamas a Israel a 7 de outubro de 2023 resultou em cerca de 1200 mortos e 250 reféns "que ainda hoje podem estar nos túneis" da Faixa de Gaza.

A especialista em Assuntos Internacionais Catarina Caria foi a convidada do programa Guerra e Paz, da autoria de Germano Almeida, desta terça-feira. "O que ficou dos dois anos de guerra entre Israel e Hamas?" foi o tema de partida desta edição.

Catarina Caria começou por referir que o dia 7 de outubro de 2023 foi, para muitos, "o mais negro da história de Israel", uma vez que "trouxe de volta as memórias de uma ameaça presente e constante" ao povo israelita.

"Trouxe de volta algumas lembranças do Holocausto e pôs, de facto, o Estado de Israel num verdadeiro estado de alerta", disse.

Catarina Caria continuou por referir que o ataque do Hamas a Israel resultou em cerca de 1200 mortos e 250 reféns "que ainda hoje podem estar nos túneis" da Faixa de Gaza.

Ainda assim, a resposta do primeiro-ministro israelita foi considerada por muitos "como desproporcional".

"A pergunta com que muitos se têm confrontado ao longo destes dois anos é: qual é o lado certo da história? Eu acho que a resposta fica clara naquilo que são os limites do direito internacional e naquilo que é o saber fazer a guerra", disse.

Catarina Caria acrescentou que Israel "logrou de uma enorme impunidade" e de uma "extensão dos seus direitos" que tornaram "quase que inviável olhar para a resposta de Israel e considerá-la justificável", vincou.