Joana Mortágua diz que notícia sobre despedimentos a mães no BE é composta por "mentiras" e Paulo Núncio acusa partido de hipocrisia

Joana Ramalho | 28 de Janeiro de 2025 às 22:52
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Frente a Frente

Frente a Frente no NOW, Joana Mortágua diz que o BE já tinha admitido a dificuldade deste processo.

Joana Mortágua (BE) e Paulo Núncio (CDS) estiveram Frente a Frente no NOW esta terça-feira, onde falaram sobre o caso de despedimentos pelo Bloco de Esquerda a mães que ainda amamentavam, de acordo com uma notícia divulgada pela revista Sábado.

Joana Mortágua começou por desmentir de imediato a notícia, afirmando que esta é "falsa" e que o partido não podia permitir que se fizesse um debate público "em torno de mentiras".

"Houve erros de comunicação e assumimos isso (…) Agora, não podemos aceitar é que à boleia desses erros se espalhem mentiras sobre um processo que já foi difícil o suficiente", sublinhou.

De acordo com a deputada, o Bloco de Esquerda "já tinha admitido que passou por um processo difícil" na altura em que ocorreu estes despedimentos e justificou a situação na dificuldade financeira que o partido enfrentava.

Em resposta, Paulo Núncio acusou o Bloco de Esquerda de hipocrisia.

"Esta explicação da Joana Mortágua demonstra que a hipocrisia faz parte do ADN do Bloco de Esquerda. Quando há uma empresa que tem dificuldades [financeiras] e despede trabalhadores, [o BE] rasga as vestes e diz tudo contra os empresários, as economias de mercado e o capitalismo. O BE tem uma quebra de receitas e já é absolutamente normal extinguir postos de trabalho", disse.

Paulo Núncio acrescentou ainda que esta situação é "uma vergonha", bem como "aquilo que se passou com o Chega", referindo-se ao caso de Miguel Arruda, ex-deputado do Chega suspeito de furtar malas no aeroporto de Lisboa.