Frente a Frente
Frente a Frente no NOW, começou por elogiar o discurso da escritora por transmitir uma ideia de um Portugal "capaz de superar" conceitos impostos durante o Estado Novo. Já Angélique da Teresa referiu que sempre considerou o dia 10 de Junho como "um dia de união das comunidades" espalhadas pelo mundo.
Joana Mortágua (BE) e Angélique da Teresa (IL) estiveram Frente a Frente no NOW esta terça-feira e comentaram sobre o discurso do Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e da escritora Lídia Jorge, esta terça-feira, durante a cerimónia das comemorações do Dia de Portugal, de Camões e das Comunidades Portuguesas, realizada em Lagos.
Joana Mortágua começou por elogiar o discurso da escritora por transmitir uma ideia de um Portugal "capaz de superar" conceitos impostos durante o Estado Novo, dizendo que é "preciso destruir mitos, inclusive sobre as coisas que nós temos tão mitificadas como os Descobrimentos".
"É preciso distinguir o que é verdade do que é mito, o que é remorso do que é glória. Essa interpelação de Lídia Jorge é, acho, o mais inteligente a fazer neste momento, e é por isso que André Ventura não gosta dela", acusou Joana Mortágua.
Já Angélique da Teresa referiu que sempre considerou o dia 10 de Junho como "um dia de união das comunidades" espalhadas pelo mundo.
No entanto, afirmou que tem pena que, num discurso que "devia ser sobre união" e sobre a "grandiosidade de Portugal e dos portugueses que estão espalhados pelo mundo" a tentar ter uma "vida melhor", haver quem se "aproveite desse discurso para o inflamar".
"Acho que esses 'recados' não fazem sentido absolutamente nenhum num dia como o 10 de Junho", sublinhou, apontando o dedo a André Ventura.