João Ferreira afirma existir uma grotesca deturpação e falsificação da história do 25 de novembro. Mariana Leitão garante que a IL apenas "quer que haja verdade histórica"

Rita Carmona Direito | 25 de Novembro de 2024 às 23:42
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Frente a Frente

Mariana Leitão e João Ferreira estiveram Frente a Frente no Now

Mariana Leitão e João Ferreira estiveram Frente a Frente no Now, na noite desta segunda-feira, e debateram sobre a cerimónia que decorreu na Assembleia da República e celebrou os 49 anos do 25 de novembro, na qual o PCP não marcou presença. 

"É bom ver o que disseram Mel Antunes e Costa Gomes, por exemplo, ao longo dos anos, sobre Mário Soares, sobre o papel de Mário Soares no 25 de novembro, que é um bocadinho diferente da história que nos estão a querer vender 49 anos depois. Não é só como disse hoje o Presidente da República, que a história reescreve-se todos os dias. Isto é uma grotesca deturpação e falsificação da história", disse inicialmente João Ferreira. 

De seguida, relembrou que os liberais tinham assento na Assembleia Nacional antes do 25 de Abril. "A ala liberal da Assembleia Nacional conviveu bem com o fascismo. Isto já quer dizer alguma coisa. Estavam lá sentados."

Já Mariana Leitão defende que não existe nenhuma deturpação. "Eu não convivo bem nem com o fascismo, nem com o comunismo. A Iniciativa Liberal não está com nenhum saudosismo, não se revê em nada daquilo que foi ou daquilo que são, porque infelizmente ainda os há, os estados totalitários e autocráticos em ditaduras. Muito pelo contrário". 

Posteriormente garantiu que a única coisa que o partido quer para o país e que é importante "é que haja verdade histórica e que a história seja conhecida por todos, não existindo datas que são enfiadas para dentro de uma gaveta porque não são convenientes para manter determinada a apropriação de outras datas. O grande argumento é que estão a desconsiderar o 25 de Abril. Não é verdade", entuou a deputada.