EUA

Jovem de 26 anos acusado de matar CEO da UnitedHealthcare enfrenta novas acusações de perseguição e homicídio

Maria Peleira Gouveia | 22 de Dezembro de 2024 às 10:57
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Luigi Mangione

Caso seja condenado, Luigi Mangione pode enfrentar a pena de morte.


O processo durou 15 minutos, Luigi Mangione pouco disse, limitou-se a acenar com a cabeça enquanto a juíza o informava dos seus direitos e das acusações e dizer apenas que compreendia.

O jovem de 26 anos foi detido sem direito a fiança depois de ter comparecido no tribunal federal de Manhattan.

A queixa federal apresentada na quinta-feira atribui a Luigi Mangione duas acusações de perseguição, uma de homicídio por uso de arma de fogo e outra de crime com arma de fogo.

O homicídio por arma de fogo implica a possibilidade de pena de morte.

Os procuradores federais vão decidir se vão seguir essa via nos próximos meses.

Era de esperar que fosse acusado num tribunal estatal, mas as acusações federais impediram essa comparência.

Os casos vão continuar em paralelo, mas consta que as acusações estatais serão julgadas primeiro.

Luigi Mangione estava preso na Pensilvânia desde a sua detenção, a 9 de dezembro.

Numa audiência realizada na manhã de quinta-feira, o jovem concordou em regressar a Nova Iorque e foi imediatamente entregue a agentes do departamento de polícia de Nova Iorque que o levaram para um aeroporto.

Foi levado de avião para um heliporto em Manhattan, de onde foi para um cais com um vasto contingente de polícias.

Numa acusação apresentada ao tribunal estatal no início desta semana, o gabinete do procurador distrital de Manhattan acusou Luigi Mangione de homicídio como ato de terrorismo. Isto implica uma possível pena de prisão perpétua sem liberdade condicional em Nova Iorque não existe pena de morte.

A advogada de Luigi Mangione afirma que se trata de uma "situação altamente invulgar", já que o arguido enfrenta ao mesmo tempo, processos estaduais e federais.

Vários investigadores tentam perceber o que levou o jovem a cometer o crime. Nada indica que tenha sido cliente da UnitedHealthcare.

À porta do tribunal, apesar de se ter recusado a prestar declarações, estavam apoiantes com cartazes que demonstravam a sua solidariedade para com o arguido.

Desde a sua detenção, o arguido tem recebido bastante apoio nas redes sociais por parte de cidadãos norte-americanos que o consideram um "herói" e criticam as práticas abusivas das companhias de seguros de saúde dos Estados Unidos.