Julgamento de Pedro Frazão por difamação de José Manuel Pureza começa esta quarta-feira

Lusa | 10 de Dezembro de 2025 às 09:40
Deputado do Chega, Pedro Frazão
Deputado do Chega, Pedro Frazão FOTO: Direitos Reservados

A publicação foi feita em 2021, ano em que José Manuel Pureza ocupava o cargo de vice-presidente da Assembleia da República e era deputado eleito pelo Bloco de Esquerda.

O julgamento do deputado do Chega Pedro Frazão, acusado de um crime de difamação agravada com publicidade por publicações feitas nas redes sociais contra o agora coordenador do Bloco, José Manuel Pureza, começa esta quarta-feira, em Lisboa.

De acordo com a acusação do Ministério Público a que a Lusa teve acesso, o deputado Pedro Frazão publicou na rede social ‘Twitter’ um vídeo de “uma jovem militante/simpatizante do Bloco de Esquerda, em que esta refere, em súmula, ter sido vítima de actos sexuais não consentidos por parte de indivíduo ligado ao referido Partido”.

A acompanhar o vídeo, o deputado Pedro Frazão escreveu: “Já não há Pureza no Bloco de Asquereza? #MeToo”. E questionou ainda, num comentário: “quem será o nojento de 62 anos?”.

A publicação foi feita em 2021, ano em que José Manuel Pureza ocupava o cargo de vice-presidente da Assembleia da República e era deputado eleito pelo Bloco de Esquerda.

Para o Ministério Público, Pedro Frazão “tinha perfeita consciência” de que José Manuel Pureza “pertencia aos órgãos do Bloco de Esquerda, que havia sido eleito deputado por aquele partido e que tinha 62 anos de idade”.

Além disso, defendeu o Ministério Público, Pedro Frazão “estava ciente que as palavras que escreveu, por terem sido publicadas em conta em rede social (...) eram passíveis de ser visualizadas por um público alargado” e que lançou a suspeita da prática de um possível crime contra a liberdade e autodeterminação sexual.