Kiev voltou a ser alvo de um novo ataque russo durante a madrugada

Sandro Bettencourt | 31 de Dezembro de 2024 às 18:15
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Kiev

Foram ouvidas várias explosões na capital ucraniana e a força aérea ucraniana revela que abateu 16 drones e seis mísseis lançados pela Rússia durante a noite.



As imagens foram divulgadas pelos serviços secretos ucranianos que falam de um feito histórico na guerra com a Rússia.

A Ucrânia garante que derrubou um helicóptero inimigo na Crimeia durante um ataque com um drone. Esta terá sido a primeira vez que um drone naval destruiu um alvo aéreo.

A operação foi conduzida pela unidade especial grupo 13 do exército ucraniano, na Crimeia. Além de ter destruído um helicóptero, foi também danificada uma segunda aeronave russa, que terá conseguido aterrar.

O governador de Sebastopol, nomeado por Moscovo, afirma que duas embarcações de drones não tripulados foram destruídas perto da costa durante a noite.

Mas a Rússia continua a dar sinais de querer aumentar cada vez mais a pressão sobre a Ucrânia. Na última noite, a força aérea ucraniana garante ter abatido 16 drones e seis mísseis. 24 drones não conseguiram atingir o alvo.

Kiev foi um dos alvos do último ataque russo. Testemunhas dizem que foram ouvidas várias explosões na capital ucraniana. Fonte militar revela que destroços de um míssil caíram num edifício residencial do centro da cidade, mas não causaram, ainda assim, qualquer incêndio nem provocaram vítimas.

Horas antes do ataque, a força aérea ucraniana já anunciado uma potencial ameaça de mísseis em todo o país.

A guerra na Ucrânia continua a estar muito longe de se fazer apenas no campo de batalha. No último dia do ano, a Gazprom, empresa energética da Rússia, avisa que as exportações de gás russo para a Europa através da Ucrânia vão acabar esta terça-feira. A decisão resulta do fim do acordo entre os dois países, que teve uma duração de cinco anos.

A interrupção do fornecimento através da Ucrânia será um rude golpe para a Moldávia, um país que em tempos fez parte da União Soviética. Entre os países da União Europeia, a Eslováquia será o mais afetado.

Já a Hungria continuará a receber gás russo a partir do sul, através do gasoduto TurkStream, no fundo do mar negro, embora tivesse interesse em manter também a rota ucraniana.