Germano Almeida, especialista em geopolítica do NOW
O especialista em geopolítica do NOW falou em Lviv, na Ucrânia, sobre a importância da coligação de vontades para o povo ucraniano.
O especialista em geopolítica do NOW Germano Almeida explicou que, neste momento, há dois planos que é preciso avaliar: “o plano da resistência ucraniana e o da forma como a Europa vai continuar a ajudar a Ucrânia”.
“É isso que amanhã vai estar em causa na coligação de vontades”, acrescentou.
Um dos principais temas da reunião tem a ver com as garantias de segurança para a Ucrânia. No entanto, como explica Germano Almeida, ainda não se sabe quais é que são essas garantias. Apesar de o Kremlin tentar mostrar o contrário, “há uma intransigência” nas negociações de paz.
“O Kremlin já deu o recado antes dessa reunião [...] ao dizer que a comunidade internacional tem de reconhecer a legitimidade da ocupação russa nos territórios ocupados, como territórios russos, [referindo-se a] Donetsk, Luhansk, Zaporizhzhia, Kherson e à Crimeia", afirmou.
O especialista considera que é “impensável e inaceitável para os ucranianos” e explicou que “bastam algumas horas em Lviv para perceber isso”.
“O encontro de amanhã é muito importante, porque [o chanceler alemão, Friedrich] Merz [...] lançou o mote deste lado. Está a articular com [o Presidente francês, Emmanuel] Macron [...] uma espécie de co-liderança europeia na ajuda à Ucrânia”, acrescentou.
Assim, “é fundamental saber que garantias de segurança podem ser dados, que países podem participar nessas garantias de segurança, se estamos a falar de tropas de dissuasão europeias e que tipo de ajuda americana [vai haver]”, explicou.
É possível que Donald Trump se junte ainda à reunião à distância. O Presidente norte-americano, apesar de não estar envolvido na coligação de vontades, está interessado em continuar a vender armamento à Ucrânia.