Líderes da UE e NATO reúnem-se em Paris para discutir o futuro da Ucrânia

Mariana Nogueira | 17 de Fevereiro de 2025 às 14:33
A carregar o vídeo ...

Reunião

Durante a reunião, será discutido um plano de defesa para a Ucrânia, incluindo uma proposta para que o país se torne membro automático da NATO.

Esta segunda-feira, em Paris, decorre uma reunião convocada pelo Presidente francês, Emmanuel Macron, com a presença de representantes da União Europeia, da NATO, e de líderes de sete países europeus. O objetivo central deste encontro é discutir um plano de ação para o futuro da Ucrânia.

Portugal, no entanto, não estará representado nesta reunião. A sessão ocorre um dia antes de um encontro de alto nível entre representantes dos Estados Unidos e da Rússia na Arábia Saudita, também com o objetivo de explorar possíveis soluções para o conflito.

A Ucrânia e seus aliados europeus manifestam crescente preocupação com a recente aproximação do Presidente dos EUA, Donald Trump, ao Presidente russo, Vladimir Putin, levantando temores sobre uma mudança na posição dos Estados Unidos em relação ao conflito.

Donald Trump tem proposto envolver Putin diretamente nas negociações de paz, excluindo os líderes europeus das conversações, o que tem gerado frustração em vários países da União Europeia.

Durante a reunião de Paris, será discutido um plano de defesa para a Ucrânia, incluindo uma proposta para que o país se torne membro automático da NATO em caso de uma violação clara do cessar-fogo por parte da Rússia.

Entre os participantes estarão Ursula von der Leyen, Presidente da Comissão Europeia, António Costa, primeiro-ministro de Portugal, Mark Rutte, primeiro-ministro dos Países Baixos, além dos líderes da Alemanha, Reino Unido, Itália, Polónia, Espanha e Dinamarca.

Emmanuel Macron reforçou a ideia de que os países europeus devem assumir um papel mais ativo e eficiente na garantia da sua segurança coletiva, especialmente à luz das recentes mudanças na postura dos Estados Unidos sobre a Ucrânia. Segundo Macron, a Europa precisa de estar mais unida e preparada para lidar com a situação no leste da Europa.

Por outro lado, a Hungria a criticou a reunião, alegando que o principal objetivo deste encontro é bloquear um possível acordo de paz entre a Ucrânia e a Rússia.

O ministro húngaro dos Negócios Estrangeiros afirmou que o evento contará com a presença de líderes europeus que, segundo ele, são pró-guerra e anti-Trump, acusando-os de alimentar o conflito na Ucrânia.

A Hungria, por sua vez, tem defendido a ideia de que as negociações de paz devem envolver diretamente os Estados Unidos e a Rússia, e não a União Europeia.