
Antigo líder do Benfica vai a julgamento no processo 'Lex'.
Luís Filipe Vieira, que vai a julgamento no processo 'Lex', quer provar em tribunal que a oferta de bilhetes para jogos do Benfica, incluindo a juízes e políticos, era uma prática comum seguida nos quatro principais clubes de futebol nacionais.
Este é um dos argumentos da defesa do ex-presidente do Benfica na contestação da acusação do caso 'Lex'. No documento enviado ao supremo, a que o CM teve acesso, Vieira afirma que "apesar de ser público que, pelo menos, o Sporting e o FC porto dirigem convites a personalidades da área política, da administração pública e da justiça, apenas Benfica viu a sua tribuna presidencial alvo de escrutínio".
E para provar o que diz, a defesa de Vieira requer que o tribunal obrigue os clubes a juntarem ao processo a lista de presenças nas tribunas presidenciais, em todos os jogos realizados nos estádios José de Alvalade, Dragão e municipal de Braga, entre janeiro de 2014 e dezembro de 2017.
A acusação do Ministério Público sustenta que o antigo líder do Benfica estreitou relações com o ex-juiz Rui Rangel em 2016 para tentar resolver um processo fiscal que tinha pendente no Tribunal de Sintra, relativo a questões fiscais. Diz a acusação que o magistrado aproveitou o pedido de ajuda de Luís Filipe Vieira para usufruir de mais vantagens relacionadas com o Benfica, nomeadamente bilhetes para camarote presidencial e idas ao estrangeiro para ver a equipa.