Luís Tomé afirma que reconhecimento da Palestina é "muito relevante" a nível político mas questiona "oportunidade"

Joana Ramalho | 22 de Setembro de 2025 às 23:41
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Guerra e Paz

No programa Guerra e Paz, do NOW, o professor considerou que o reconhecimento da Palestina é "obviamente um ato simbólico" importante.

O professor catedrático de Relações Internacionais Luís Tomé foi o convidado do programa Guerra e Paz — da autoria de Germano Almeida —, esta segunda-feira. "Faz sentido reconhecer o Estado da Palestina?" foi a pergunta de arranque desta edição.

Segundo Luís Tomé, é "muito relevante" a nível político reconhecer a Palestina. "É obviamente um ato simbólico", acrescentou.

"É politicamente relevante, desde logo, porque estamos a falar de um aumento de 147 para 157 países que reconhecem o Estado da Palestina e, portanto, isto aproxima o número de países que no mundo reconhecem, de 165, o Estado de Israel", disse.

No entanto, o professor revelou algumas "dúvidas sobre a oportunidade" deste reconhecimento.

"A questão é que destes reconhecimentos todos da Palestina, 20 ocorrem desde o 7 de outubro de 2023 [data em que Hamas atacou Israel]. E, quer se queira quer não, o Hamas, mesmo que os reconhecimentos não o queiram fazer, aproveita esta circunstância para tentar legitimar a sua luta armada contra Telavive, na sua propaganda, para dizer que a luta é o que permite chegar à autodeterminação, que é um direito reconhecido", vincou.